Um local de encontro, um local para confluência e fluência, um local de dinamismo.Um tema a ser debatido. Debate de de-bater, de des-bravar, de des-natar, de de-saguar, de des-complicar, de des-complexar, de des-multiplicar, de des-contextualizar, de des- interesse, de des-centralizar, de des-cobrir, de des-bater, de embater, de doer!
Momentos que se querem de partilha, feitos vontades e curiosidades. Recreio de vertigens, de dados que se lançam para suspeitar, concordar, negar, desmistificar, rejuvesnescer e desbundar, num grémio de assuntos mais ou menos banais.Uma abertura que se quer comum, num espaço comum, com gente comum, em ambiente naturalmente tertuliano.


A meeting place, a place for confluence and fluence, a dynamic place.
A theme to be debated.Debate, clear, unravel, complicate, complexify, multiply, de-contextualize, de-centralize, crash, bang all things that interest you.

Moments of sharing, of wills and curiosities. Playgound of vertigo , where dards are sent to suspect, to agree, to deny, to desmistify, to rejuvenate and enjoy, in a collage of banal subjects.
A common openess, in a comom space, with common people, in a naturally tertullian environment.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As tertúlias em Portugal

A tertúlia é na sua essência uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se reúnem de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos.

Contudo, e como o jornalista português Belo Redondo disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa referência inequívoca da importância das tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para Portugal de Paris, onde surgiram e se espalharam pelo mundo, associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como pertencendo à tertúlia A ou B, numa clara divisão das águas entre correntes de pensamento diferentes.

Historicamente em Portugal o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto o Majestic, A Brasileira e o Guarany, eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham nos seus cafés tertúlias, onde se discutia tanto a politica nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.

Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos, etc. Com o advento do Estado Novo as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas que com o tempo são cada vez mais espiadas pela PIDE. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias.

Actualmente assiste-se a uma tentativa do seu renascimento, com várias instituições a criarem tertúlias sobre vários temas.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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