The four episodes of the documentary "The Century of the Self", by Adam Curtis
"To many in both politics and business, the triumph of the self is the ultimate expression of democracy, where power has finally moved to the people. Certainly the people may feel they are in charge, but are they really? The Century of the Self tells the untold and sometimes controversial story of the growth of the mass-consumer society in Britain and the United States. How was the all-consuming self created, by whom, and in whose interests?"
http://freedocumentaries.org/film.php?id=140
http://freedocumentaries.org/film.php?id=141
http://freedocumentaries.org/film.php?id=142
http://freedocumentaries.org/film.php?id=143
sábado, 28 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
New Barbarians 1997-1999
Fiberglass, translucent resin
137 x 68.7 x 79 in
Private Collection, New York
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Notas à volta do tempo e de um corpo temporal que nele se inscreve
Para aqueles que não puderam estar presentes, e também para que perdurem no tempo alguns rastos destes momentos de conversa, fica aqui uma perspectiva de alguns pontos que foram tratados.
Partindo da palavra contemporâneo, ela deriva necessariamente em várias definições possíveis: contemporâneo, como relativo ao tempo actual, contemporâneo como o seguimento do pós-modernismo, contemporâneo, como aquilo que dá presença ao presente, segundo a definição do José Gil. Mas o que é em termos concretos uma peça contemporânea? Alguém sugeriu que são aquelas que ainda deixam questões no ar, aquelas que ainda não estão encerradas numa compreensão. E peças do passado que ainda sejam contemporâneas, elas existem? Estava difícil a resposta... Pensando no exemplo de “Parades and Changes”, de Anne Collod, ela contém, de facto, várias questões que são ainda pertinentes hoje, mas podemos dizer que é realmente uma peça contemporânea? Pegando noutro exemplo, o urinol de Marcel Duchamp, foi apontada a hipótese de termos uma peça, com um conceito contemporâneo, no sentido de que é ainda hoje usado como exploração em trabalhos de tantos autores, mas cuja materialização é necessariamente datada, pertence a um determinado contexto específico. Fica esta pergunta no ar, para a colocarmos ao José Gil, quando surgir a oportunidade...
Depois falámos um pouco sobre este tempo contemporâneo, o que lhe é particular. Referiu -se a perda do contacto experiencial com a “coisa” real, que é substituída pelas suas representações. Este over-loaded de imagens resulta numa perda da intensidade de cada uma delas, tornando-as planas, com o mesmo valor. Por exemplo, aparecem nos mesmos os planos (televisão, cartazes publicitários, internet, etc.) e com a mesma facilidade, uma mulher de lingerie, ou uma pessoa sem um braço a morrer à fome. E isto conduz a uma da perda da capacidade de hierarquização e sentido de relevância. Foi referido que esta abundância de imagens em planos ou meios que se tornam cada vez mais fortes ao nível da manipulação de grandes massas populacionais, geram também uma concentração do espaço, no sentido de termos acesso da mesma forma a uma coisa que acontece a uma distância de 100 metros ou do outro lado do planeta. Como me relacionar com tudo isto? Como me posicionar a mim próprio no mundo de hoje em dia? Pensou-se que, por um lado, a exclusão e isolamento em relação a estas novas realidades levaría a uma perda da conexão com o mundo como ele existe e é agora. Por outro, a absorção da quantidade exacerbada de informação que nos chega pode levar facilmente a uma sensação de estar perdido e dispersão. Focou-se ser necessário conhecer estes meios e a informação que neles circula, para me posicionar em relação a eles e enquanto indivíduo social.
Aqui surge a pergunta: como é o corpo que lida com todos estes factores? Qual é o corpo deste tempo actual? falou-se de um corpo actualizado, falou-se que um corpo perfeito é também um corpo monstruoso, porque anti-natural e impessoal. (...)
Este é o tema que propomos para a próxima tertúlia: uma continuação da discussão dos temas lançados pelo José Gil, nomeadamente o corpo e suas representações na Modernidade, e na época actual; e as questões de género.
Partindo da palavra contemporâneo, ela deriva necessariamente em várias definições possíveis: contemporâneo, como relativo ao tempo actual, contemporâneo como o seguimento do pós-modernismo, contemporâneo, como aquilo que dá presença ao presente, segundo a definição do José Gil. Mas o que é em termos concretos uma peça contemporânea? Alguém sugeriu que são aquelas que ainda deixam questões no ar, aquelas que ainda não estão encerradas numa compreensão. E peças do passado que ainda sejam contemporâneas, elas existem? Estava difícil a resposta... Pensando no exemplo de “Parades and Changes”, de Anne Collod, ela contém, de facto, várias questões que são ainda pertinentes hoje, mas podemos dizer que é realmente uma peça contemporânea? Pegando noutro exemplo, o urinol de Marcel Duchamp, foi apontada a hipótese de termos uma peça, com um conceito contemporâneo, no sentido de que é ainda hoje usado como exploração em trabalhos de tantos autores, mas cuja materialização é necessariamente datada, pertence a um determinado contexto específico. Fica esta pergunta no ar, para a colocarmos ao José Gil, quando surgir a oportunidade...
Depois falámos um pouco sobre este tempo contemporâneo, o que lhe é particular. Referiu -se a perda do contacto experiencial com a “coisa” real, que é substituída pelas suas representações. Este over-loaded de imagens resulta numa perda da intensidade de cada uma delas, tornando-as planas, com o mesmo valor. Por exemplo, aparecem nos mesmos os planos (televisão, cartazes publicitários, internet, etc.) e com a mesma facilidade, uma mulher de lingerie, ou uma pessoa sem um braço a morrer à fome. E isto conduz a uma da perda da capacidade de hierarquização e sentido de relevância. Foi referido que esta abundância de imagens em planos ou meios que se tornam cada vez mais fortes ao nível da manipulação de grandes massas populacionais, geram também uma concentração do espaço, no sentido de termos acesso da mesma forma a uma coisa que acontece a uma distância de 100 metros ou do outro lado do planeta. Como me relacionar com tudo isto? Como me posicionar a mim próprio no mundo de hoje em dia? Pensou-se que, por um lado, a exclusão e isolamento em relação a estas novas realidades levaría a uma perda da conexão com o mundo como ele existe e é agora. Por outro, a absorção da quantidade exacerbada de informação que nos chega pode levar facilmente a uma sensação de estar perdido e dispersão. Focou-se ser necessário conhecer estes meios e a informação que neles circula, para me posicionar em relação a eles e enquanto indivíduo social.
Aqui surge a pergunta: como é o corpo que lida com todos estes factores? Qual é o corpo deste tempo actual? falou-se de um corpo actualizado, falou-se que um corpo perfeito é também um corpo monstruoso, porque anti-natural e impessoal. (...)
Este é o tema que propomos para a próxima tertúlia: uma continuação da discussão dos temas lançados pelo José Gil, nomeadamente o corpo e suas representações na Modernidade, e na época actual; e as questões de género.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
1ª EDIÇÃO das DESBUNDAS TERTULIANAS: CONVERSA EM TORNO DOS TEMAS LANÇADOS PELO JOSÉ GIL
11 DE FEVEREIRO DE 2009
LOCAL: CANTINA, LX FACTORY
PELAS 18:3O
Em sequência das aulas leccionadas pelo José Gil, no âmbito do curso do PEPCC ( Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica), os assuntos da primeira tertúlia terão como referência os temas lançados neste seminário, que esperamos serem germinadores de uma boa conversa.
In sequence of the lessons taught by José Gil, within the course of PEPCC, the subjects of the first tertúlia will reference the themes launched this seminar, that we hope to be sprouted for good conversation.
José Gil, 1st class:
Contemporary time
- Contemporary time and present ( todays time)
- Contemporary time as virtual
- virtuals, particals or "éfèmeres"
- the difficulty of accepting subconcious comunication ( telepathy vs reason)
- the concept of devir : a special devir, the woman-devir.
The main issues about our time
- The Modernism vs our time
- Time of disbelief
- Disconnected time
- Exclusion of slowness
How did this happen to our time?
1. Capitalism
-exploration of the imaterial work; creativity
2. Images migration
-energetically intensive planes vs images that circulate on it without content
-intensity of links and emptiness of bodys
-modernism: there was a commom enemy , and so a creation of difference.
- are there any trends in todays art? ( no criteria to analyse what is exposed)
3. The occultation of death
- the will to erase the death and funeral rituals.
-disgard toward the elderly
José Gil, 2nd class:
Question: What happened to the body and its representations from modernism until now?
The body
The body is a resevoir of meaning but not necessarily a reservoir of significations. How to approach then his meaning?
Modernism
- 2 main tendencies: figurative art and abstract art
- the deconstruction of the mimetic figure (the principle of similarity wih reality was broken)
- appearence of self-referenced art (ex. Malvitch): the referent is no longer the nature, but it's created a new language that is sustained by itself
- what are the criterias to evaluate this art?
- parallelism with what happened in dance (ex. Cunningham)
LOCAL: CANTINA, LX FACTORY
PELAS 18:3O
Em sequência das aulas leccionadas pelo José Gil, no âmbito do curso do PEPCC ( Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica), os assuntos da primeira tertúlia terão como referência os temas lançados neste seminário, que esperamos serem germinadores de uma boa conversa.
In sequence of the lessons taught by José Gil, within the course of PEPCC, the subjects of the first tertúlia will reference the themes launched this seminar, that we hope to be sprouted for good conversation.
Temas:
Conversations about:
Conversations about:
José Gil, 1st class:
Contemporary time
- Contemporary time and present ( todays time)
- Contemporary time as virtual
- virtuals, particals or "éfèmeres"
- the difficulty of accepting subconcious comunication ( telepathy vs reason)
- the concept of devir : a special devir, the woman-devir.
The main issues about our time
- The Modernism vs our time
- Time of disbelief
- Disconnected time
- Exclusion of slowness
How did this happen to our time?
1. Capitalism
-exploration of the imaterial work; creativity
2. Images migration
-energetically intensive planes vs images that circulate on it without content
-intensity of links and emptiness of bodys
-modernism: there was a commom enemy , and so a creation of difference.
- are there any trends in todays art? ( no criteria to analyse what is exposed)
3. The occultation of death
- the will to erase the death and funeral rituals.
-disgard toward the elderly
José Gil, 2nd class:
Question: What happened to the body and its representations from modernism until now?
The body
The body is a resevoir of meaning but not necessarily a reservoir of significations. How to approach then his meaning?
Modernism
- 2 main tendencies: figurative art and abstract art
- the deconstruction of the mimetic figure (the principle of similarity wih reality was broken)
- appearence of self-referenced art (ex. Malvitch): the referent is no longer the nature, but it's created a new language that is sustained by itself
- what are the criterias to evaluate this art?
- parallelism with what happened in dance (ex. Cunningham)
The disappearance of the body
-so, for where it goes?
-characteristics of this new body
-the aesthetics of modernism as the aesthetics of difference.
José Gil, 3rd class
Contemporary art
-attraction for the irrational, mystery, occultism, surrealism, 4th dimension…
-body non-integrated in a totality but unified
-obsession of the body (nudity, interior, organs)
-interest for the body self-referenced and not for the relation of the body with the world
-tendencies to monstrosity ( devir-animal)
-fascination for the obscene, for the interior of bodies and their decomposition
-search for a new body, another body (proteases, cyborgs, new technologies…)
-search for the real body, even not knowing what it is.
F&M
em produções culinárias
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
As tertúlias em Portugal
A tertúlia é na sua essência uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se reúnem de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos.
Contudo, e como o jornalista português Belo Redondo disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa referência inequívoca da importância das tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para Portugal de Paris, onde surgiram e se espalharam pelo mundo, associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como pertencendo à tertúlia A ou B, numa clara divisão das águas entre correntes de pensamento diferentes.
Historicamente em Portugal o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto o Majestic, A Brasileira e o Guarany, eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham nos seus cafés tertúlias, onde se discutia tanto a politica nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.
Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos, etc. Com o advento do Estado Novo as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas que com o tempo são cada vez mais espiadas pela PIDE. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias.
Actualmente assiste-se a uma tentativa do seu renascimento, com várias instituições a criarem tertúlias sobre vários temas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Contudo, e como o jornalista português Belo Redondo disse, "a vida nacional gira à volta de uma chávena", numa referência inequívoca da importância das tertúlias em Portugal. As tertúlias foram "importadas" para Portugal de Paris, onde surgiram e se espalharam pelo mundo, associadas aos cafés. Cada café tinha uma, ou mais, tertúlias sobre temas diferentes. Paralelamente, os seus integrantes identificavam-se como pertencendo à tertúlia A ou B, numa clara divisão das águas entre correntes de pensamento diferentes.
Historicamente em Portugal o Chiado, dado o grande número de cafés aí existentes, assumiu a liderança em número de tertúlias; A Brasileira, o Nicola e outros receberam tertúlias com participantes tão influentes como Bocage, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almada Negreiros, Eduardo Viana, António Botto, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou Stuart Carvalhais entre outros. No Porto o Majestic, A Brasileira e o Guarany, eram os locais por excelência onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos. Coimbra, Faro, na realidade qualquer cidade ou vila de Portugal, tinham nos seus cafés tertúlias, onde se discutia tanto a politica nacional ou internacional, o futebol ou o mais recente mexerico da terra.
Foram em torno destas tertúlias de café que a política e as artes portuguesas do século XIX e primeira metade do século XX se desenvolveram, pelo cruzar de opiniões, troca de ideias, apresentação e discussão de ideias e livros novos, etc. Com o advento do Estado Novo as tertúlias tornam-se o último reduto da discussão livre da censura, mas que com o tempo são cada vez mais espiadas pela PIDE. Paralelamente, a melhoria das comunicações, nomeadamente com o advento da televisão, e o aparecimento de outros espaços, levaram ao desaparecimento gradual das tertúlias.
Actualmente assiste-se a uma tentativa do seu renascimento, com várias instituições a criarem tertúlias sobre vários temas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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